Homenagem ao povo do japão - Katsushika Hokusai

Perante a recente  tragédia no Japão, aqui presto  uma simples homenagem ao respectivo  povo  através do trabalho  do   seu  mais celebre  artista - Katsushika Hokusai (1760- 1849)  cuja  simplicidade dos seus desenhos e a utilização da cor viriam a  influenciar  certos  artistas europeus  ligados ao  impressionismo* .



O Monte Fuji sob Céu Limpo 
1823/1829 Xilogravura sobre papel 27X38cm British Museu , Londres

NOTA:
majestosamente simples e desprovida de sofisticação esta vista do tão venerado Monte Fuji é directa e imediata. Para muitos, esta é a melhor representação do mais famoso símbolo do Japão.
























 
Hokusai é um dos grandes mestres da gravura japonesas, e um dos grandes génios criadores e inovadores de todos os tempos. . A obra de Hokusai estende-se ao longo de um período notavelmente longo, e, caracteristicamente, atingiu o seu auge já no final da longa vida do artista.


Já com setenta e cinco anos de idade, Hokusai resumiu assim, no prefácio às "Cem Vistas do Monte Fuji", a sua vida e o seu programa para o futuro:

"Desde os cinco anos de idade que tive a mania de desenhar a forma das coisas. Desde os cinquenta anos de idade que produzi um número razoável de desenhos, mas, no entanto, tudo o que fiz até aos setenta anos não é realmente digno de menção. Pelos setenta e dois anos de idade apreendi finalmente algo da verdadeira qualidade das aves, animais, insectos e peixes, e da natureza vital das plantas e árvores. Assim, aos oitenta anos de idade deverei ter já feito algum progresso, aos noventa deverei ter penetrado ainda mais no mais fundo sentido das coisas, aos cem anos de idade deverei ter-me tornado realmente maravilhoso, e aos cento e dez anos, cada ponto, cada linha que eu desenhe deverá possuir seguramente uma vida própria. Peço apenas que os homens de vida suficientemente longa tenham o cuidado de verificar a verdade das minhas palavras."


*A denominação impressionismo tinha de inicio cunho pejorativo, e foi utilizada por um crítico de arte, Louis Leroy, para designar a espécie de arte que pudera ver na primeira colectiva da Société Anonyme des Artistes Peintres, Sculpteurs et Graveurs, realizada entre 15 de Abril e 15 de Maio de 1874 em Paris (Lê Charivari, 25 de Abril de 1874). Derivava do nome de um quadro de Claude Monet então exposto: “Impressiona u Soleil Levant” (1874). Não era porém a primeira vez em que a condição de Impression, peculiar a todas as obras participantes da mostra de 1874, era posta em relevo por críticos: Castagnary, por exemplo, afirmara em 1864, referindo-se à pintura do holandês Jongkind: “nela, tudo não passa de impressão”. E Daubigny era tido, em 1865, como “chefe da escola da impressão”.

 



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