notasdarte

setembro 23, 2011

As Fotografias de Vivian Maier, ama e fotógrafa nas horas vagas, e que durante a sua vida nunca foram divulgadas ou conhecidas publicamente surpreendem o mundo. As imagens que registou são comparáveis às consideradas mais importantes produzidas no séc. XX. , tendo o seu trabalho sido descoberto por mero acaso.

auto retrato 1953

Foi um jovem na altura com 26 anos chamado John Maloof que comprou algumas fotografias no leilão de uma casa de penhores com a intenção de ilustrar uma pesquisa sobre a história de um parque e da sua vizinhança em Chicago, cidade onde mora nos Estados Unidos. Essas fotografias por sua sua vez chegaram à casa de penhores através de um individuo que vendeu algumas caixas da sua inquilina — aparentemente a própria fotógrafa— por falta de pagamento.

Maloof ao adquirir as primeiras fotografias em 2007, voltou à casa de leilões para adquirir as restantes , incluindo rolos de filmes que nunca foram revelados.Até então não sabia qual era o nome da fotógrafa e supunha apenas que ela era francesa. Num dos últimos lotes de fotografias adquiridas, John Maloof — que aparentemente tem sido o principal curador da obra da fotógrafa — descobriu a sua identidade até então anônima: Vivian Maier. Ao pesquisar na internet encontrou o respectivo obituário com data de falecimento de apenas alguns dias antes.

Ao que tudo indica Vivian Maier nasceu em Nova York, em 1926 tendo falecido em Abril de 2009 com 83 anos . Passou um período da sua vida em França e, depois da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para Chicago e empregou-se como ama .

Era extremamente reservada, quase reclusa, solitária – sem filhos, família ou amor (pelo menos do que se pôde apurar até agora). Como ama a fotógrafa trabalhou 17 anos para uma única família de Chicago. Algumas pessoas que ela cuidou enquanto crianças, descreveram-na como uma espécie de Mary Poppins, levando-as a aventuras divertidas e mostrando-lhes coisas incomuns.

Curiosamente, a ama fotógrafa passou quase um ano a viajar . Os destinos escolhidos foram regiões remotas e pouco usuais tendo como única companhia a sua câmera Rolleiflex. Um mistério anda á volta dessas viagens: como é que uma ama poderia gastar tanto dinheiro a viajar durante um ano ?